CÂMARA CASCUDO, Luis da : Superstição no Brasil . Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1985 ( 443 pp.); por Flávio Costa Pinto de Brito

Ementa :

O livro "Superstição no Brasil" foi publicado pela primeira vez em 1985 a partir da reunião de três livros já publicados anteriormente : Anúbis e Outros Ensaios publicado em 1951, Superstição no Brasil, publicado em 1958 e Religião do Povo, publicado em 1974.

Esta reunião foi sugerida pelo próprio Cascudo conforme carta ao editor em outubro de 1984 transcrita no prefacial deste livro.

Desta reunião "Anúbis e Outros Ensaios" é o texto mais denso , composto por 31 ensaios dos quais apenas 7 não são dedicados a alguém em especial.

"Superstições e Costumes" é composto por 40 ensaios e "Religião do Povo" por 26 com mais um intróito .

Anúbis e Outros Ensaios (pp. 15 a 180)

Interlocução :

Autocitações :

78 , 90: Geografia dos Mitos Brasileiros

108 e 117: Contos tradicionais do Brasil

160: Contos tradicionais do Brasil

Etnógrafos :

Sir George James Frazer: 44,45,52, 69-70, 82-83 , 90, 92 -93, 94-95, 104 ; Franz Boas: 160 ; Leo Frobenius: 66 (Histoire de la Civilisation Africaine), 117; Lubbock: 123 ("L’Homme Préhistorique"); Walter Hough: 79 (Fire Origin Myths of the New World); Taylor: 25, 60 (La Civilization Primitive); Antti Aarne: 170; Stith Thompson: 117 (Motiv-Index of Folk-Literature), 160, 165, 170, 172 (nota), 174 (The Cranes of Ibycus); Aarne-Thompson: 159, 160, 170, 174; Raffaele Castelli: 32, 154 ; René Basset: 117 168 ("Mille et un Contes, Récits &Légendes Arabes"); P. Commelin: 30 (epígrafe) (Mitologia Grega e Romana) ; P. Saintyves: 38,40,151 (Les Contes de Perrault e le Récits Parallèles) ; Paul Sébillot: 51 (Le Paganisme Contemporain Chez Lez Peuples Celto-Latins), 52 (Rev. de l’Hist. des Relig), 123 ("Le Folk-Lore", 250), 150, 169 ("Le Folk-lore de France", "La Faune et la Flore"), 171; Maire Nic Neill : 42-epígrafe, 46 ("Wayside Death Cairns in Ireland")

Etnógrafos Portugueses : Adolfo Coelho: 160 ("Contos Populares Portugueses"), 164 (op. cit.); Augusto César Pires de Lima: 20 ("Douro e Minho") ; Cláudio Basto: 130 (Determinismo e Previsão do Sexo) ; Jaime Lopes Dias: 20,28,84,102 ("Etnografia da Beira"), 147 (op. cit.), 150 (op. cit.) ; J. Leite de Vasconcelos: 23 (A barba em Portugal"), 31 (Tradições Populares de Portugal), 40 (op. cit.), 41 (op. cit.), 43 (A Língua Portuguesa), 50 (Tradições Populares de Portugal), 52 (op. cit.), 58 (op. cit., 38), 130 (op. cit., 201), 154; Prof. Dr. J. Rodrigues dos Santos Júnior 64 ("Nótula sobre o arremesso dos dentes"), 128 (op. cit., 7), 130-cita (Notas de Medicina Popular Transmontana) ; Teófilo Braga: 26 (O Povo Português nos seus Costumes, Crenças e Tradições), 27 (Romanceiro Geral Português), 30 (Sentenças das Inquisições), 40,44,50,86,94,138,153-154,164,165,170 (O Povo Português nos seus Costumes, Crenças e Tradições), Cunha Brito: 59 (Etnografia Minhota)

Etnógrafos Espanhóis e Hispano-americanos :

Julio Vicuña Fuentes (Cifuentes): 27 (He dicho), 58-59 (Mitos y supersticiones), 138-139 (He dicho), 150); Aurélio M. Espinosa: 41,117, 145, 160 (Cuentos Populares Españoles); Juan B. Ambrosetti: 43 (Supersticiones y Leyendas, 184); Sr. D. Pedro Chicco y Rello: 72,73 ("El Portento de caminar sobre fuego", Revista de Dialectología y Tradiciones populares) ; Luís de Hoyos Sainz e Nieves de Hoyos Sanchos: 43,130 (Manual de Folclore) ; R. Menéndez Pidal: 20 (El Romacero), 43 (Flor Nueva de Romances Viejos)

Autores Citados como Etnógrafos Brasileiros :

Antônio Brandão de Amorim: 64-nota , 79,122(Lendas em Nheengatu e em Português); Barão de Studart: 31,35,37-38,61,77,89,147-148, 150,151,153 (Antologia do Folclore Brasileiro); Batista Caetano de Almeida Nogueira: 97-98 ; Carlos Teschauer: 43 (Avifauna e Flora) ; Getúlio César: 25,31-32,44,153 (Crendices do Nordeste); Gonçalves Fernandes: 89; J. Simões Lopes Neto: 140 (Cancionero Guasca); Melo Morais Filho: 49 (Festas e Tradições Populares do Brasil), p. 174, "Preces para pedir chuva") ; Pereira da Costa: 27,35,44,149, 441 (Folclore Pernambucano); Sílvio : 26,113,117,119,135,144,162,171 (Contos Populares);

Literatura :

Afonso Arinos : 95;Blaise Cendrars: 44,60,112,113 (Antologie Négre) ; Gil Vicente: 100; Shakespeare: 160,161 (The Taming of the Shrew) ; Rudyard Kippling: 62 (The Jungle Book); As Mil e Uma Noites: 160 ; Miguel de Cervantes: 33,134 (Don Quijote de La Mancha); Lope de Vega: 143 ; Irmãos Grimm: 160, 168; João do Rio: 123 (Religiões do Rio, 54-55);Calderón de la Barca: 143 ; Dante: 39-nota (Purgatório);Bocaccio: 146,160 (Decamerone);Sarmiento: 155 (Facundo) ;Almeida Garrett: 24,171 (Obras Completas); Vítor Hugo: 44

Clássicos :

Hesíodo: 77 (Os Trabalhos e os Dias); Aristófanes: 104 , 155(Lisistrata) ; Horácio: 20 (Odes), 69 (Satiras) ; Plínio: 23, 124 (História Natural) ; Montaigne: 13 ; Ovídio: 34,61,88 (Metamorfoses) ; Plauto: 86 (Mercator) ; Plutarco: 104 (Alcíbiades); Cícero: 106, 145 (De Divinatione), 167; Tíbulo: 23 (Elegias, II, I), 124 (op. cit., II); Martial: 23 (Livro II, LXXIV), 41 (Epigramas, XI, VI); Ovídio: 174 ("Metamorfoses"); Petrônio: 21,41,53,65,77,125,128 (Satyricon); Virgílio; 22,124,144,174 (Eneida), 65,83,100 (Êclogas); Aulo Gello: 22 (Noites Áticas); Voltaire: 167 (epígrafe); Santo Agostinho: 32-33 (Confissões); Sófocles: 67 (Édipo em Colona); Sólon : 37 ; Teócrito: 48-epígrafe,67,84,88,124 (Idílios);Varrão : 76, 82 ;Plutarco: 155 (Alcibíades, Nícias) ; Homero 21,22, 118, 143-144(Ilíada), 26, 66-67, 83(Odisséia), , 119 ;Ésquilo: 67 (Coéforas), 76-epígrafe (Prometeu Acorrentado) ;Suetônio: 21, 23, 122-123 (Vespasiano, VII, 416);Tácito: 83 (Histórias), 122-123 (Histórico);Pérsio: 124 (sátira segunda)

Historiadores e Cientistas Sociais :

Heródoto: 23 , 24(Euterpe); Fustel de Coulanges: 13, 78 (La Cité Antique, 29, ed. Hachette, Paris, 1912); J. Capistrano de Abreu: 79 (Rã-Txa Hu-Ni-Ku-I); Gustavo Barroso: 159 ( "O Sertão e o Mundo"); Max Muller: 36-nota ,96 (Essais sur la Mytologie Comparée. Les Traditions et les Coutumes); João de Barros: 42-43 (Geografia d’Entre Douro e Minho e Trás os Montes);Vicente Ferrer (hist. pernambucano): 53

Botânicos : Barbosa Rodrigues: 62 (Poranduba Amazonense), 122 ; George Gardner : 114,117 (Viagens no Brasil)

Bíblia Cristã:

- Antigo Testamento : 17, 19, 22, 44, 46, 47, 48, 57, 58, 63, 64, 75, 77, 81, 85, 96, 101, 104, 106, 119, 120, 126, 132, 141, 154, 155, 175

- Novo Testamento: 32, 48, 63, 85, 85, 92, 98, 122, 125, 128, 163-164

Alcorão :

Alcorão: 56, 63-nota

Religiosos :

Rev. Padre J. P. N.(pregador sacro, professor) : 74 ; Padre Antônio Colbacchini: 61, 125 (I Bororos Orientali Orarimugudoge del Mato Grosso); Padre Matias Gracia: 123 ("Lettres sur les Iles Marquises"); Papa Inocencio III: 164-165 (Contemptu Mundi Sive de Miseria Humanae Conditions); Mons. Francisco Severiano: 51 (Diócese da Paraíba); Frei Hemenegildo de Tancos: 165 ;Cardeal Alfredo Idelfonso Schuster: 176 (liturgista)

Documentação Histórica : Frei Vicente do Salvador: 103; Joseph de Anchieta: 78 (Cartas)

Relatos de Viagem : Ermano Stradelli: 98

Revistas Especializadas e Periódicos :

A República (jornal de Natal): 74 (26-X-1948), 163 (12-3-1907); Revista de Dialectologia y Tradiciones Populares (Madrid) 72; Revista Lusitana VII: 170

Informantes :

"meu pai": 157; Dona Ana Maria de Câmara Cascudo (a mãe): 108, 171; Padre Celestino de Barros Pereira: 172; Garibaldi Romano: 173; o garoto José Messias do Lago: 173 ;Juvenal Lamartine (dep fed, senador da Rep., gov do RN): 140

Pesquisadores de literatura oral na África :

Landerset Simões: 83-nota (Babel Negra) ; Heli Chatelain: 60,109-110,160 (Folktales of Angola); Callaway: 123,168 ;

Dicionários e obras de Referência :

Dicionário da Real Academia Española : 58 ; Nouvelle Larousse Illustré: 69-epígrafe

Outros:

A. Maury: 52 (La Magie et l’Astrologie)

A. Neppi-Modona, "I Giardini di Adone, in un usanza degli Ebreu d’Italia)

A. Steinmann: 25 ( The Ship of the Dead in Textile Art)

Alberto Childe: 15, 16, 132-133 (Etude Philologique Sur les Noms du "Chien" de l’Antiquite’Jusqu’a nos Jours)

Alberto Faria: 171 ("Aérides")

Alberto Santos Dumont: 129

Alexandre Lima Carneiro: 58,82 (Douro Litoral)

Alfon Hilka: 168, 174

Alfredo Apell: 159 ("A mulher teimosa", "Contos Populares Russos")

Álvar Bellino: 43 (Folclore Religioso)

Amadeu Amaral: 151 (Tradições Populares)

Amiano Marcelino (historiador do século IV; cronista: 148 (Rerum Gestarum Libri)

André Boulanger: 24 (Orpheé - rapports de l’Orphisme et du Christianisme)

Antero de Quental: 132

Antipatro de Sidon (118-100 a.C.): 167-168, 173, 174

Antônio Ferreira: 130 (Luz Verdadeira)

Armando de Matos: 86 ("O valor etnográfico das portas")

Arnaldo Gama: 71 (Bailio de Leça)

Arruda Furtado: 31,154 (Materiais para o Estudo dos Povos Açorianos)

Astolfo Serra: 25 (Terra Enfeitada e Rica)

Barléu: 126 (Res Basiliae)

Bolte: 168, 174

Brunetto Latini: 125-126 (Miroir du Monde)

C. Roth: 104 ("Folklore of the Ghetto")

Calimaco: 119 (Hino a Zeus)

Capelo-Ivens (expedição port): 124 ("De Bengala às terras de Iacca")

Carolina Michaelis de Vasconcelos: 36-nota

Carrete: 44

Celórico de Basto: 159

Ch. Fred. Hartt: 113

Chantepie de La Caussave: 77-78 (História das Religiões)

Chesnaye: 59 (Rev. des Trad. Pop)

Christoph von Schmid: 171

Cid Franco: 162 ("História Brasileiras para a Juventude)

Cláudio Basto: 159 (Brasília)

Consiglieri Pedroso: 38, 164

Coronel Prjévalski: 45 (Mongolie et Pays des Tangoutes, 51-52)

D. Henrique, Conde de Campo Belo: 71 (A Soberana Militar Ordem de Malta e a Sua Ação em Portugal)

D. Francisco Manuel de Melo: 30,154 ("Relógios Falantes")

D. Vicente Risco: 36

Dasent: 116

Dean S. Fansler: 62 (Filipino Popular Tales)

Denis d’Helicarnasse: 129 (Augusto)

Di Niscia: 160

Diodoro de Sicília: 16, 25,119 (I, XCII)

Dom Bernardino Fernandezde Velaszo (1701-1769): 166

Don José María Llorente (meteorogista de Madri): 57

Doña María Cadilla de Martínez: 56-57 (Costumbres y Tradicionalismos de Mi Tierra)

Dr. Cândido de Oliveira Filho: 163 (Curiosidades Judiciárias)

Dr. Matos e Moura : 138

Dr. J. Maxwell: 66,71 ("La Magie", Artigo no Journal of the Polynesian Society)

Dr. J.J. Nunes: 106 ("Uma velha crença")

Dra. Minnie Louella Carter: 174

Elsie Clews Parsons: 116-117 (Folk-Lore of the Antilles)

Erland Nordeskiold: 125 (Revista del Instituto de Etnología)

Ernst Philippson: 160 ("Der Marchentypus von Konig Drosselbart")

Ester Panetta: 38-nota (Forme e Soggetti Della Letteratura Popolare Líbica)

Estevão Coelho (trovador primeira metade séc. XIV): 106

Felipa Guerra e Teófilo Guerra: 55 (Seccas Contra a Secca)

Félix Coluccio: 27,137-138 (Diccionário Folklórico Argentino)

Fernando de Castro Pires de Lima: 140 (Cantares do Minho), 164

Figueiredo Pimentel: 120,170 (História da Avozinha, 1896)

Fra Deuni: 59 (Dictions et croyances pop. De Guipel, en la Rev. des Trad. Pop)

Francis Llewelyn Griffith (reader in Egyptologie, Oxford University): 16

Francisco Xavier de Ataíde Oliveira: 117,120,159,160,164 (Contos Tradicionais do Algarve)

Franz Michel Willam: 57 ("Vida de Jesus")

Gaetano Casati: 60 (Dix Année en Equatoria, Le retour d’Emin Pacha et l’Expedition Stanley)

Garcia Izcalbaceta: 58 (Vocabulario de Mexicanismos)

Gastão de Bettancourt: 150 (Três Santos de Junho do Folclore)

General Couto de Magalhães: 61 , 78, 113(O Selvagem)

George Peter Murdock: 95

Giambattista Basile: 160 ("Pentamerone")

Giovanni Sercambi (1347-1424): 165 ("Scelta di Curiositá")

Gordon Hall Gerould: 145 (The Greatfl Dead)

Gregório Marañon: 130, 132

Gubernatis: 44

Guichot: 150

Hanna Lindberg: 160

Henry Binder: 45 (Au Kurdistão, en Mesopotamie et en Perse)

Honey: 117

I. Levi: 104 ("Jardins d’Adonis, les Kapparot et Roch Haschana", Revue des Études Juives)

Infante Dom Juan Manuel: 160, 161

Isabel Antunes : 126-127

J.D. Rolleston: 126 (The Folk-Lore)

J.M. Cardoso de Oliveira: 149-150 (Dois metro e Cinco)

Jacottet: 168

João Luso: 95 (Orações e Palestras)

João da Silva Campos: 115,117,120 (Contos e Fábulas Populares da Bahia)

João Ribeiro: 159 ("O Folclore")

João Vasconcelos: 158 (História do Gama)

Joel Chandler Harris: 110, 113

Johannes Gobi Junior: 168 (Sacla Celi)

John Finnemore: 45 (Japão)

José Carvalho: 36 (O Matuto Cearense e o Caboclo do Pará)

José Saturnino: 98 (Língua Portuguesa)

Juan Alfonso Carrizo: 43 (Las Apachetas y El Antiguo Culto a Mercurio, Dios de los Caminos)

Juond: 168

Jus Pontificum: 145

Juvenal Galeno: 18-cita, 135 (Lendas e Canções)

Khuda Bux (indu ): 72

King Thrushbeard: 160

Koch Grunberg: 61

L. CL. Fillion: 146 (La Sainte Bible. Commentée d'après la Vulgate III)

L. V. Grinsell: 179 (Folclore)

La Bruyère: 46-47 (Les Caractéres)

Laurindo Rabelo: 162

Lei das XII Tábuas: 18 (cita), 144

Liebrecht: 44

Lindolfo Gomes: 116,120, 171 (Contos Populares)

Louis Jacolliot: 169 ("Viagem aos países misteriosos")

Lucano (poeta contemp. de Petronio): 118,125 (Farsalia)

Luciano de Samósata: 104,155 (Da Deusa da Síria)

Luis Chaves: 42, 52,56 (Páginas Folclóricas)

Luís de Abreu(médico): 126 (Portugal Medico ou Monarchia Medico Lusitana)

Luís Figueira: 37-nota (África Bantu, Raças e tribos de Angola)

Luís Fleury: 40

M.L. Sauvé: 58

Major Henrique de Carvalho: 123-124 ("Etnografia e história tradicional dos povos de Lunda")

Mariano Iñiguez: 72 (Ritos Celtibéricos, Memorias de la Sociedad Española de Antropología)

Mário Melo (hist. pernambucano): 53

Maspero: 16 (Hist. Anc. Peup. De L’Orient), 84 (Lectures Historiques)

Maurice Rat: 167 (Antologic Grecque)

Max Schmidt (explorador): 111-112 ("Resultados da minha expedição bienal a Mato Grosso, Boletim do Museu Nacional)

Miguel Angel Monglus: 22

N. M. Penzar: 160 (The Shrewish Wife is Reformed)

Nicola Borelli: 150 (Ethnos)

O. Marucchi: 24 (Guida del Cimitero di Domitilla)

Oliveira Martins: 71 (Vida de Nun’Alvares)

Ordenações Manuelinas: 19

Osvaldo Lamartine: 52 ("Diário de Natal", Estranhos Devotos, 24-8-1947)

Ourilhe: 27 (Romagem de San Tiago)

Plat y Peabody: 59 (Folklore de la France Méridionale, en la Rev. des Trad. Pop.)

Polivka: 168, 174

Price Mars: 82 (Culte des Marassas")

Primeira Visitação do Santo Ofício às Partes do Brasil, Denunciações de Pernambuco (1593-1595): 126-127

Prof. D. T. Rotunda: 166 (Motif-Index of the Italian Novella in Prosa)

Prof. Basílio de Magalhães: 115 (O Folklore no Brasil)

Prof. Menezes de Oliva: 38-39 (Tentativa de Classificação dos Balangandans)

Prof. Joaquim Alberto Pires de Lima: 55-56 (Tradições Populares de Entre-Douro-e-Minho), 57, 179 (Tradições Populares de Santo Tirso)

Prof. Ralfh Steele Boggs: 172 (nota)

Rafael Jijena Sanchez e Bruno Jacovella: 150 (Las Supersticiones)

Raimundo Guerra: 98

Reinhold Kohler: 160, 164, 165, 168, 174 (Jahrbuch Fur Rom. Und Engl. Literarur)

Renato Almeida: 49,50 (Cantigas para chamar chuva)

Rivière: 117

Rodrigues do Carvalho; 25 (Cancionero do Norte)

Roland B. Dixon: 126 (Oceanica Mytology)

Roque Calage: 79-nota ( Dicionário do Folk Lore Brasileiro)

Saubidet: 138 (Vocabulario Criollo)

Serpa Pinto : 124 ("Como eu atravessei a África")

Servius: 44

Silva Campos: 171

Sonnerat (viajante frances): 70

Sr. Cândido Jucá: 171

Sr. José Antônio Gonçalves de Melo Neto (Tempo dos Flamengos): 145

Sr. Martins Sarmento(arqueologo): 31, 33, 153

Sr. Paula Machado: 150 (Topadas)

Sra. Marta W. Bechwith: 168

Straparola: 144 , 160

Sven Liljeblad: 145 (Die Tobiasgeschichte und Andere Marchen Mit Toten Helfern)

Talbot: 168

Tastevin: 61, 113 ("La Geographie")

Theodor Zachariae: 168, 174

Toás Pires: 164

Valdomiro Silveira: 50 (Mixuangos)

Van Bardeleben: 133

Van de Hagen: 160

Verísimo de Melo: 173 ("O Testemunho da Lua e das Estrelas", Diário de Pernambuco, Recife, 8-8-1948)

Virginia Rodriguez Rivera: 80-cita ("Revista Hispánica Moderna")

Viterbo: 44

Vitor C. Chauvin: 168, 174

Voeikov: 34

W. Wienert: 62 (Die Typen der Griechisch-Romischen Fabel)

Wesselski: 160, 165

Wilhelm Hertz: 168, 174

Fichamento :

Anúbis, ou Culto do Morto

Cascudo relaciona o mito egípcio às práticas e crendices populares acerca da morte tais como : pronunciar o nome do morto, o cadáver, o velório, o enterro e sepultura, três, sete e nove dias depois, o luto da barba, viagem para o outro mundo, o anjo e opagão e o julgamento.

Hermes em Acaia e a consulta às vozes (dedicado à Dante de Laytano)

Neste ensaio ele cita o deus grego Hermes que consultava o oráculo através das palavras soltas dos transeuntes para relacionar com a prática de aplicar às vozes soltas determinados fatos imediatos e pessoais.

Perséfona e os 7 bagos da romã (dedicado à Lourival Seraine)

Demonstra a correspondência encontrada entre os processos de obtenção e de preparo do alimento às características demográficas de seu lugar de origem.

O barrete do Saci (dedicado à Alceu Maynard Araujo)

Compara a carapuça vermelha do Saci Pererê com o Pileus Romano (uma carapuça também vermelha símbolo da liberdade na Roma antiga)

A pedra na cruz (dedicado à Walter Spanding)

Interpreta as pedras jogadas sobre as cruzes nas estradas do sertão como símbolo de homenagem, de afastamento de cadáver, de reminiscência do altar rústico ou dever de sepultamento.

Ad petendram pluviam (dedicado à Guilherme Santos Neves)

Descreve a universalidade do método de se pedir chuva aos céus através de cânticos, procissões e até sádicos castigos aos santos protetores.

Experiência de Santa Luzia (dedicado à Manuel Rodrigues de Melo)

Registra o prognóstico da chuva, sua previsão e as maneiras de antever o calendário pluvial.

O macaco foi gente

Comenta a presença comum do macaco em mitologias diversas.

Não olhe para trás (dedicado à Rossini Tavares de Lima)

Discute a superstição universal sobre a transferência de males. É um dos melhores ensaios.

Ferônia (dedicado à Veríssimo de Melo)

Aborda a passagem incólume pelo fogo como significado de pureza, inocência ou castidade.

Prometeu (dedicado à Hélio Galvão)

Descreve os cultos ao fogo e sua sacralidade universal.

Limentinus (dedicado à Vingl-un Rosado)

Apresenta o caráter sacro da soleira da porta para guardar amuletos, proteger o lar, anular feitiços em diversas partes do mundo.

Em louvor de Janus (dedicado ao Cônego Jorge O'Grady de Paiva)

Relata o prestígio sagrado da porta entre os povos latinos.

Narcisus ou o tabu do reflexo (dedicado à Gonçalves Fernandes)

Relaciona o mito de narciso e suas imagen refletida com diversas tradições (Russas, indianas, mulçumanas, amazonenses e africanas) em que o espelho , a sombra ou a fotografia adquire um valor mágico e extraordinário.

Nomem,numem (dedicado à René Ribeiro)

Cascudo analisa o poder da palavra proferida e o tabu do nome que irá determinar a essência de todas as coisas. Reforça , mais uma vez, o argumento da origem universal valendo-se de exemplos tão distintos como "as Tribos Australianas, Albaneses do Cáucaso, Homens da Patagônia, Califórnia, Oregon, Coajiros da Colômbia, Samoiedas da Sibéria, Mongóis da Tartária, Ainos do Japão, Wakambas d'Africa Central, gente de Bornéu, Nicobar, Tasmânia, Tueregues do Saara..." (págs 94,95)

Ôrai (dedicado à Getúlio César)

Descreve a forma com que vários povos denominam as divisões do dia e da noite. Registra as horas boas e as más além das saudações evocativas do tempo.

Jardim de Adônis (dedicado à Antônio José Gonçalves de Melo Neto)

Refere-se à tradição das festas de São João intimamente ligadas aos ciclos da vida vegetal, seu crescimento e sua fecundação, para relacioná-las aos cultos de Dioníso na Grécia, à Tamuz na Babilônia, Átis na Frígia e Osíris no Egito.

Reitera o mito da origem comum " ...O culto prestado pelos Gregos emigrou para Roma e os Romanos espalharam-no igualmente..." (pág 104)

A carne da Coruja Adivinha (dedicado à Lindolfo Gomes)

Relata a qualidade premonitiva das aves principalmente entre os Gregos. Há neste relato uma interessante analogia entre o saber erudito e a tradição popular.

História de uma estória (dedicado à Manuel Diegues Júnior)

Mais uma vez está presente a convergência dos mitos, das fábulas e das histórias passadas através das tradições orais."...O que sempre causará encanto aos nossos olhos pesquisadores é a viagem desses temas através de continentes, raças e momentos de História ..." (pág 113)

"The dancing gang" do Brasil (dedicado à Sebastião Fernandes)

Descreve a fábula de uma dança extremamente contagiante que sempre consegue subverter a ordem pré-estabelecida. Reconhece sua origem africana e tenta justificar uma possível trajetória. "...inquestinavelmente o Dancing Gang é conhecido na África e podia ter vindo com a escravaria, coincindindo sua presença com as áreas ibero-americanas de núcleos negros..." (pág 117)

O voto de Idomeneu (dedicado à Daniel Pereira)

O mito do homem frente ao impasse de atender uma promessa feita à alguma divindade. Este mito, segundo Cascudo, teria suas origens no Antigo Testamento.

Superstições da saliva (dedicado à Armando de Carvalho)

A saliva descrita como nosso elemento essencial. "...Em todos os fabulários do mundo a saliva é um elemento capaz de representar ou substituir o ente humano..."(pág 122)

Pé direito ! (dedicado à Adauto da Câmara)

Cascudo arrisca-se pelo campo da medicina antiga (citando Hipocrates largamente) e da biologia para explicar a diferenciação valorativa do lado direito e do lado esquerdo.

Velório de Anjinho (dedicado à Luís Heitor)

Relata o caráter festivo durante o velório de crianças.

"Sete vezes fui casada..."

Cascudo narra as fábulas do "Morto Agradecido" que encontra sepulcro para o seu corpo graças ao auxílio de um estranho, e da "Noiva Encantada", que havia se casado 7 vezes sem perder a virgindade, para relacionar com o Livro de Tobias e outros clássicos da Antiguidade.

"... A quadrinha simples que ainda se diz pelo norte e sul do Brasil e no verde e alegre Minho de Portugal , dará a presença de um elemento surpreendente dessa espantosa vitalidade do temário popular, viajando incessantemente através de todos os séculos na retentiva milagrosa da memória humana..." (pág 146)

Adivinhas de São João

Cascudo narra diferentes processos adivinhatórios para reiterar novamente à uma origem comum "...Desaparecidos os oráculos com o advento do Cristianismo os processos de consulta mantiveram-se no espírito do povo e passaram , de geração em geração, adaptados aos folguedos mas sempre, como uma revivescência típica, no sentido da relação divina e sobrenatural.

De Roma espalharam-se pelo mundo com os legionários que acreditavam e foram à Península Ibérica, Espanha e Portugal, fontes da tradição em toda América de fala espanhola e Brasil.

Assim a bolinha, o botezinho ou a tira de papel com os nomes, que aparecerão abertos ou fechados na vasilha cheia d'água , representam os elementos de uma consulta aos deuses Pálices há mais de vinte séculos..." (pág 148)

Amansando a fera (dedicado à Sílvio Júlio)

A teimosia feminina domesticada com a violência do marido é descrita através de vários exemplos a começar pela história que seu pai contava

Aí vai o Laurindo ! (dedicado à Aprígio Câmara)

Relata o poder das convenções de etiqueta diante da natureza humana a partir de um poeta do século XIX , Laurindo Rabelo, até Jesus Cristo. "...A mais antiga menção de homem expulso de festa por não estar vestido convenientemente é a parábola de Jesus Cristo, citada no Evangelho de Mateus, escrito no ano 40. A pompa assíria, medo-persa, babilônica, egípcia trouxe-nos essa herança que se continua no tempo implacavelmente..."(pág 166)

Os grous de Íbicus voam em português

Narra a história da morte de Ibicus (século VI a.C) para falar da presença de aves denunciadoras de crimes presentes em diversas culturas populares. "...Creio que da Itália Grega, o episódio irradiou-se para o Mediterrâneo, para o mundo árabe, e por intermédio deste aos negros africanos..."(pág 168)

Descalça-te ! A terra é sagrada

Cascudo refere-se , mais uma vez, as clássicas tradições religiosas para justificar o argumento de que o pé descalço é a forma mais antiga de "materializar o respeito, a submissão, a obediência notória..."(pág 178)

Presença de Muta

Descreve o Silêncio meditativo ou sagrado de contemplação.

  • Observações :

O livro possui um "Prefacial" composto de 2 textos de apresentação, um dedicado ao seu editor, escritos por Cascudo em 1984 no ano que precede a publicação desta reunião de 3 livros, e um outro escrito em janeiro de 51 para a primeira publicação de "Anúbis e Outros Ensaios". Não há registro de prefácio para os outros dois livros.

Dos 31 ensaios reunidos apenas 7 não são dedicados a alguém em especial

19 ensaios são precedidos por epígrafes retiradas em sua maioria de autores clássicos ou da própria bíblia. Sete epígrafes estão em latim.

Cascudo prefere utilizar "registo" ou "registar" ao invés de "registro" ou "registrar" , como podemos observar desde seu prefacial na página 11

  • Tese Central :

A tentativa de elucidar as origens "...O critério não é o registo , mas a tentativa de elucidação das origens...."(Prefacial, pág 11)

O renitente argumento de que o conhecimento está na assimilação da natureza ao redor do homem e pode ser pasado de geração em geração

"...A imaginação não colaborou, mas os exemplos foram lidos ou vividos no ambiente em que viveu o autor.

Despeço-me da possibilidade explicatória por tratar-se de matéria insusceptível de análise imediata.

Sua universalidade é evidente e a ação comprova a contemporaneidade do milênio. Não foi possível coligir quanto escrevi sobre Superstição. Já não tenho ânimo de procurar nos esconderijos onde guardei. A leitura expõe a vastidão e profundeza do mundo que acreditamos existir e é contemporâneo com o outro aonde nasceu Adão..." (Prefacial, pág 11)

O homem como receptáculo e mantenedor deste conhecimento "...como ensinava Fustel de Coulanges, 'ne meurt jamais complétement pour l'homme. L'homme peut bien l'oublier, mais il le garde toujours en lui' ..." (Prefacial, pág 13)

A metodologia utilizada para pesquisar as "fontes distantes e originárias" foram como pedrinhas recolhidas no passado" Os trinta e um motivos deste livro foram encontrados na vida cotidiana do povo brasileiro. Continuam todos existindo e facilmente registados por quem deseje procurá-los.

Desses elementos normais partiu a pesquisa às fontes distantes e possivelmente originárias. Não houve preocupação de encontrar temas que possibilitassem uma mais larga exibição bibliográfica e mais ampla sugestão erudita. Foram surgindo na lógica da minha própria vida, no acaso da viagem e na coincidência do episódio sedutor. Alguns estavam guardados na memória de menino, criado no sertão, educado na cidade. As leituras posteriores valorizaram as pedrinhas que recolhera nos tempos passados.

Verifica-se essa contemporaneidade no milênio. O universalismo no regional. Apenas acompanhei, subindo o curso das águas vivas, trinta e um motivos vivos no homem brasileiro, normal, simples, diário, comum.

O grande passado vive em nós, perceptível. A viagem mostra o sentido de continuidade e o livro prolonga o plano da extensão no tempo. De surpresa em surpresa constatamos a proximidade com os povos longínquos e o fidelismo aos costumes centenários...." ("Prefacial"(escrito em 1951), pág 13)

A relação entre a cultura erudita e as tradições populares " Meus primos viveram, amaram e morreram na ignorância absoluta dos livros que me apaixonaram. Tiveram uma impressão vaga de religiões de Roma e da Grécia e nunca ouviram falar em Folclore. A frase referente à carne da coruja não a aprenderam lendo, nem da voz do mestre-escola da vila. Trouxeram na memória esse conhecimento impreciso e teimoso, jamais verificado e experimentado pessoalmente ou em gente amiga. Dizia-se que a carne da coruja fazia adivinhar. Como eu dissera que chovia, e realmente choveu, a explicação simples seria da carne da coruja, alusão risonha a uma tradição popular, vinda de ano a ano, geração a geração, velho a velho.

Agora é que sei que meu primo Políbio estava divulgando um elemento clássico e mais de vinte vezes secular..." ("A Carne da Coruja Advinha", pág 105)

A busca de uma homogeneidade originária ou de um elo perdido de ligação "...Não apenas fixamos que a lei da participação de Levy-Bruhl ou de uma mentalidade pré-lógica indicasse essa percepção do primitivo , prolongada em Gregos e Romanos, pela totalidade de suas faculdades fisiopsicológicas, admitindo uma continuidade no princípio vital nas partes mesmo separadas do todo. Essa noçào do Todo persiste no Homem e as superstições atualizam a existência da crença, visível no elo perdido do respeito que restou de todo cerimonial, outrora homogêneo..." ( "Superstições da Saliva" , pág 127)

Conclui em seu último ensaio o valor da superstição popular como um resquício de ritos originários ancestrais que sobrevivem através da tradição oral "...Certamente o meu neto poderá saber se Horus é Harpócrates ou Harpócrates é Horus, também presidindo osilêncio da liturgia egípcia ou grega. Essencial é apenas lembrar que o Silêncio materializou-se em ídolo e mereceu culto, dia oblacional e várias lendas etiológicas, justificando-lhe a veneração antiga.

A superstição, que é uma sobrevivência do rito desaparecido, mantém sua presença da imposição do Silêncio, como condição indispensável em certos atos da vida brasileira.

Como não é mais possível averiguar se os ameríndios tinham a sua Muta ou Tácita ou se os negros africanos sudaneses e bantus davam culto a um Harpócrates, a origem das crendices sobre o Silêncio deveremos procurá-la na cabeça do colono europeu..."(pág 178)

"Superstições e Costumes" (pp 183 a 301)

Interlocução :

Autocitações :

194, 297 : Meléagro

240 : Literatura Oral

240, 247 : Dicionário do Folclore Brasileiro

247, 249, 251, 289, 296 : Anúbis e outros ensaios

Etnógrafos :

Sir George James Frazer:190,196, 209 ; Leo Frobenius: 199 ; Manhardt : 190; René Basset: 299,301 ; Karl Von Den Stein: 201; 215, 217,236,

Etnógrafos Portugueses : A. Santos Graça : 298 (O Povoeiro); Afonso Duarte ; 190 (O Ciclo do Natal na Literatura Oral Portuguesa); Augusto César Pires de Lima: 200 (Jogos e Canções Infantis) ; Castro e Brito : 219 (Doçaria de Beja na Tradição Provincial; Emanuel Ribeiro: 219; Guilherme Cardim : 219 (Cozinha Portuguesa e Pratos Regionais); Jaime Lopes Dias: 298 ; J. Leite de Vasconcelos:202, 235, (Tradições Populares de Portugal) ; Teófilo Braga: 190, 224, 298 (O Povo Português)

Etnógrafos Espanhóis e Hispano-americanos :

Ramón Menéndez Pidal: 296 (El Romanceiro)

Autores Citados como Etnógrafos Brasileiros :

Batista Caetano de Almeida Nogueira: 206, 217 ; Getúlio César: 235, 245 , 296 (Crendices do Nordeste); J. Simões Lopes Neto:284 ; Pereira da Costa: 205 (Vocabulário Pernambucano)233, ; Sílvio : ; Nina Rodrigues : 195, 218; Couto de Magalhães : 287 (O Selvagem)

Literatura :

Gil Vicente : 239, 369 ; Shakespeare: 289 ; As Mil e Uma Noites : 192; Miguel de Cervantes: 298 ; Lope de Vega: 241(Adonis y Venus) ; Dante:192 (Purgatório) ; Gonçalves Dias : 217; Eça de Queiroz : 225 ; Monteiro Lobato : 239; Camões : 256, 369; Castro Alves : 257; Euclides da Cunha : 265 (Os sertões);

Clássicos :

Hesíodo: 244 (Teogonia), 267 (Os trabalhos e os Dias) ; Aristófanes: 230 (Nuvens) ; Horácio:194,223, 293 ; Plauto:229, 269, 270, 275, 294 ; Plutarco: 263 ; Cícero: 194, 238, 263 ; Tíbulo:211, 237, 270, 275 (Elegias) ; Marcial: 211, 213, 237 (Epigramas)229,230 ; Ovídio:211, 238(Fastos), 275 (Amores), 284 ; Petrônio: 294 ; Virgílio: 275, 285 ; Teócrito: 225, 275 ;Plutarco: 234 ; Caio Valério : 205; Homero: 184 (Odisséia), 229, 244 (Iliada) ; Eurípedes : 184 (Helena) ; Cornélio : 194; Sêneca : 196; Amiano Marcelino : 210 (História); Juvenal : 212, 293 (Sátira); Xenofonte : 229 (Ciropedia); Diodoro da Sicilia : 229; Luciano de Samósata : 235; Terêncio : 238; Platão : 263 (Banquete); Montesquieu : 269; Suetônio : 277, 286; Tácito : 286; Aulo Pérsio Flaco : 293

Historiadores e Cientistas Sociais :

João de Barros : 212 (Décadas) ; J. Capistrano de Abreu: 280, 281 ; Gustavo Barroso: 299 ; Max Muller: ; Gilberto Freyre : 218; Menéndez y Pelayo : 243, 276, 295; Oliveira Lima : 224 (Memórias)266;

Botânicos : Barbosa Rodrigues:

Religiosos :

Reverendo Rosalino da Costa Lima : 282, 301 ;Padre Domingos Caldas Barbosa : 269;Papa Gregório Magno : 184; Monsenhor Alfredo Pegado : 251, 271 ; Frei Domingos Vieira : 238; Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo : 256, 289, 290 (Elucidário); Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama : 231 ;

Bíblia Cristã :

- Antigo Testamento : 193 (epígrafe), 194, 236, 252, 280

- Novo Testamento: 193, 266, 299

Relatos de Viagem :

Ermano Stradelli: 206, 217; Wied-Neuwied : 198, 217(Viagem ao Brasil); Langsdorf : 206; Tastevin : 206; Padre Fernão Cardim : 214-215, 248, 253,255; Padre Antônio Vieira : 367;

Informantes :

"Meu avô materno": 200; Fabião Ferreira da Rocha (ex-escravo) : 200 ;Antônio Fasanaro (amigo) : 186; Gal Gustavo Cordeiro de Faria : 188 ; Senador Pedro Velho de Albuquerque Maranhão : 188; Maestro Joaquim Cipião : 188; Deolindo Lima (poeta) : 196; Silvana (ex-escrava) : 200; Simplício Cascudo (203) ; "Meu Tio Antônio Nicácio Fernandes Pimenta": 211; Dr. José Pires d"Oliveira : 218; Fausto Leiros : 224; Joaquim Lourival Soares da Câmara (Professor Panqueca) : 231;"minha ama"Benvenuta de Araújo : 236;Urbano Hermilo de Melo (Secretário da Polícia em Natal) : 274; Francisco Gomes de Albuquerque e Silva (Chico Bilro) : 274; Siqueira Barbudo (277) ; "Tia Lica": 285; O industrial Aristófanes Fernandes e Silva : 292-293; Governador do RGN Juvenal Lamartine de Faria : 295

Pesquisadores de literatura oral na África :

Albini : 200 (Ethnographie Congolaise)

Dicionários e obras de Referência :

Dicionário de Samuel Pitiscus : 234;Dicionário do Dr Frei Domingos Vieira : 237

Outros :

Afonso Pena : 268

Afonso Lopes de Almeida : 271 (O Gênio Rebelado)

A.Mitton : 237

Antônio de Moraes Silva : 277

Armando de Matos: 183,195 (Douro Litoral)

Astolfo Serra: 245

Barão Ergonte : 272

Bearepaire Rohan : 277

Bernardino José : 218

cantadores João Melquíades da Silva e Claudino Roseira : 292

Clement Attlee : 259

Código Afonsino : 291

Código de Manu : 234 , 295

Daniel Gouveia : 246

Dom Domingos de Loreto Couto : 285

Dom Nuno Álvares Pereira : 287

Edwin and Mona A. Radford : 209, 260, 265 , 266, 272(Enciclopedia of Superstitions)

Eduardo Dias : 257

Emília Snethlage : 253, 255

Erland Nordeskiold: 197

Ester Panetta: 192

Etienne de Bourbon : 299

Fernando Ortiz : 195

Francisco Rodrigues Lobo : 241

Freire Ribeiro : 224

Freud : 196, 288

General Pinheiro Marechal : 268

George Laport : 299 (Les Contes Populaires Wallons)

Gubernatis: 260

Guilherme Santos Neves : 248

H. Roux Ainé : 228

Henrique Castriciano : 299

Hildegardes Viana : 218

Jacques Albin Simon Collin de Plancy : 290

Jaime Griz : 201

Jan de Vries : 267 (The problem of Loki)

Jonas Hanway : 212

Jorge Ferreira de Vasconcelos : 277

José A. Sánchez Pérez : 272

José Aoem Estigarribia Menescal : 224

Júlio Dantas : 269 (O Amor em Portugal no Século XVIII)

Júlio Trajano de Moura : 253 (Do homem americano)

Jung : 196

Juvenal Galeno: 203 (Cenas Populares), 236

Kerginaldo Cavalcanti : 203 (Contos do Agreste)

Koch Grunberg: 215

L.Gonzaga dos Reis : 210 (Rev. do Inst. Hist. do Maranhão)

Leonardo Da Vinci : 194

Loys Bruyere : 239

Luis Martins : 189 (Cultura Política)

Manuel Querino : 218

Marco Pólo : 212

Marechal Deodoro da Fonseca : 268

Michelet : 246

Moraes : 205 (Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa)

Ninon de Lenclos : 293

Oswaldo Morales Patiño : 252

Paul Deschanel : 259

Pedro Chaves : 193 (Rifoneiro Português)

Penzer : 212, 234

Poggio : 299

Princesa Bribesco : 230

Raffaele Corso : 249

Rank : 196

Rei Eduardo VII : 259

R.E.Peary : 206 (My Artic Journal)

Richard Francis Burton : 212

Rodrigues do Carvalho: 245 (Cancioneiro do Norte)

Rui Barbosa : 268

R. Westermark : 202

Salomon Reinach : 267

Sodré Viana : 218

Somadeva : 286

Teodoro Sampaio : 217

Vitor C. Chauvin:194 (Bibliographie des Ouvrages Arabes)

Vitor Varas Reyes (190

Wenceslau de Moraes : 206 (Traços do Oriente);

 

Fichamento :

As Sereias da Casa de Deus

A representação pagã das sereias incorporadas pela Igreja Católica.

A Bruxa e a Tesoura Aberta

Cascudo tenta encontrar as origens da crença de se ocultar à noite uma espada, um punhal ou uma tesoura para afugentar os espíritos do mal.

A Noite do Furto Tradicional

Descreve o hábito comum de se furtar animais na quinta ou na sexta-feira santa.

O Vínculo obrigacional pela Alimentação em Comum

A Comida como pacto e aliança tácita de cordialidade afetuosa.

Comer Sal

Apresenta a simbologia do sal, como hospitalidade, voto de confiança e pagamento ajustado.

A Defesa Mágica do Espelho

As superstições que configuram a natureza mágica do espelho em diversas tradições.

Bodoque

Discute as origens do bodoque.

Influência Africana na Lúdica Infantil Brasileira

O prestígio da espingarda de bananeira, único vestígio, segundo Cascudo, dos brinquedos africanos no Brasil.

"...De tipicamente africano, nada. Mas haverá mesmo alguma coisa de típico, exceto o material, nos jogos infantis na África ? ..."(pág 201)

Vestígios Contemporâneos do Casamento por Captura

A Tradição "Milenar" do casamento por captura.

O "Cheiro", Carícia Nordestina

Sugere as origens do beijo na antiguidade e do "cheiro" nordestino.

Vassoura

As crendices e superstições universais que envolvem a vassoura.

O Guarda-Sol

O Guarda-sol é apresentado como símbolo da liberdade escrava, da realeza e do prestígio em diversas sociedades.

O Indígena no Brinquedo do Menino Brasileiro

A Peteca como único resquício indígena entre nossos brinquedos.

"...O indígena quase nada trouxe para o brinquedo do menino brasileiro. Ignoramos as repercurssões de sua companhia junto às crianças filhas dos colonos aos quais servia como escravo ou semi-escravo..." (pág 217)

Doces de Tabuleiro

Os principais doces de tabuleiro(tapioca, cocada, beijú, pamonha, canjica, sequillo, raiva, cuscuz, etc...) servidos nas festas de São João e suas possíveis origens.

Mijar na Cova

Este hábito funesto traduz a injúria e a vingança do inimigo do morto.

Caretas

Cascudo compara as caretas infantis com as máscaras gregas e romanas.

Aperto de Mão

A Tradição universal de se apertar as mãos como acordo.

Andar de Roda

A valorização do círculo e da roda nos rituais religiosos.

Rasto

As marcas deixadas pelas pegadas de alguém podem conter poderosos mistérios e superstições.

Castanhola

A Castanhola é comparada ao estalar de dedos, presente em diversas culturas.

Alguns Jogos Infantis no Brasil

Apresenta o caráter universal das brincadeiras e jogos infantis.

Promessa de Jantar aos Cachorros

Os devotos de São Lázaro e de São Roque costumam oferecer verdadeiros banquetes aos cães em agradecimento ao auxílio espiritual atendido.

Barco de São Benedito

O Barco presente nas festas de São Benedito é comparado à Barca de Ísis no Egito e de Minerva na Grécia.

O Símbolo Respeitoso de não-Olhar

Cita os povos da Europa clássica comparando-os aos povos da América pré-colombiana para justificar o antigo costume de não se olhar para os governantes como sinal de respeito e de submissão.

Cabelo Solto

Entre as mulheres, deixar o cabelo solto pode ser um sinal de liberdade ou leviandade manifesta.

Ferradura

A ferradura como talismã e símbolo da superstição popular.

Deixar o Copo Vazio

Deixar o copo vazio pode significar uma descortesia grave com o anfitrião.

Treze à Mesa

Descreve os malefícios e azares causados pela reunião deste número à mesa ou em qualquer outra atividade.

Linguagem do Pigarro e da Tosse

O artifício de tossir ou pigarrear para corrigir alguém ou chamar a atenção tem suas raízes, segundo nosso autor, na antigüidade.

Passar debaixo da Escada

A clássica superstição de se passar embaixo de uma escada tem seus fundamentos religiosos.

Tropeçar na Soleira da Porta

A sacralidade da soleira da porta e as superstições que envolvem um tropeço neste lugar , presente entre os romanos, os hindús, os uavetas africanos e os coptas egípcios.

O Cocorote

O cocorote, popularmente conhecido como cascudo, aplicado na cabeça como castigo e punição.

Um Rito Fúnebre Judaico

Este rito judaico praticado no Brasil, consiste em jogar fora toda a água das vasilhas para que as almas dos mortos ali não se instalem.

A Luz Trêmula

O alarme das forças invisíveis manifestado através da luz trêmula de uma chama.

Virgindade

A representação mágica da virgindade como detentora de um poder energético superior.

Carregar a Sela

A humilhação do cavaleiro simbolizada pela sela carregada nas costas.

Apontar e Mostrar o Dedo

O gesto cotidiano e banal de apontar as coisas com o dedo já era descrito pelos antigos.

Posições para Orar

Os distintos e estranhos preceitos encontrados na Índia, Marrocos, Jerusalém, Roma, Grécia, Portugal, Espanha e no Brasil, que acompanham as rezas, orações e crendices populares.

Saia na Cabeça

Um hábito típico das mulheres do sertão de se protegerem do sol cobrindo-se com a própria saia.

Sabor D'água e Cheiro da Terra

Aqueles que migram devem sempre portar um pouco da terra do lugar de onde partiram.

Tese Central :

Este livro, publicado 7 anos após "Anúbis e outros Ensaios", dá continuidade ao estudo comparativo de costumes e crenças existentes no interior do Brasil e os povos da antiguidade.

Sua peculiaridade revela-se por um olhar mais aproximado dos hábitos sertanejos aos quais tenta buscar suas origens mais remotas. No entanto , não atinge a mesma profundidade alcançada no livro anterior.

Religião no Povo (pp 305 a 441)

Interlocução :

Autocitações :

306, 348 : Jangada

306 : Rede de Dormir

333, 425: Dante Alighieri e A Tradição Popular no Brasil

333, 346, 356, 393, 402: Dicionário do Folclore Brasileiro

339 : Tradição Ciência do Povo

343: Geografia dos Mitos Brasileiros

369 : Folclore do Brasil

346, 414 : Superstições e Costumes

373, 417, 419 : Meleágro

389, 425 : Anúbis e outros Ensaios

Etnógrafos :

Karl von den Stein : 376; J.G.Frazer : 425, 437; Maire Nic Neill : 437

Etnógrafos Portugueses : Adolfo Coelho: ; Augusto César Pires de Lima: ; Cláudio Basto: ; Jaime Lopes Dias: 366, 369-370 ; J. Leite de Vasconcelos: 437 ; Prof. Dr. J. Rodrigues dos Santos Júnior: ; Teófilo Braga: 342, 437; Luis Chaves : 437

Etnógrafos Espanhóis e Hispano-americanos :

Julio Vicuña Cifuentes: 342, 370 ; Oeste di Lullo : 342; Félix Collucio : 342; Aurélio M. Espinosa: ; Juan B. Ambrosetti:; Sr. D. Pedro Chicco y Rello: ; Luís de Hoyos Sainz: 437; Nieves de Hoyos Sanchos: 437 ; Menéndez Pidal : 437

Autores Citados como Etnógrafos Brasileiros :

Antônio Brandão de Amorim: 342 ; Barão de Studart: 360 ; Batista Caetano de Almeida Nogueira: ;Carlos Teschauer: ; Getúlio César: 346, 359, 361, 384 ; Gonçalves Fernandes : ; Melo Morais Filho: 340 ; J. Simões Lopes Neto: 346 (Cancioneiro Guasga) ; Pereira da Costa: 353, 361, 395-396 ; Sílvio Romero : 342

Literatura :

Afonso Arinos : ;Alceu Amoroso Lima : 340 Euclides da Cunha : 408 (Os Sertões) ; Gil Vicente : 312, 331, 369, 409 ; Shakespeare: ; Rudyard Kippling: 325 ; As Mil e Uma Noites : ; Miguel de Cervantes: 356 ; Lope de Vega: ; Irmãos Grim: ; João do Rio: ; Calderón de la Barca: ; Dante: 331, 332, 336, 374 ;Bocaccio: ;Sarmiento: Almeida Garrett:;Vítor Hugo: Stendhal : 305; Gustav Freytag : 305, 429; Luis de Camões : 321, 369, 409; Frederico Mistral : 330; Humberto de Campos : 343 (Diário Secreto); Jaime Criz : 343 (O Cara de Fogo); Eça de Queiroz : 399 (Correspondência de Fradique Mendes); Giovanni Papini : 423; Jorge Ferreira de Vasconcelos : 425 (Ulisipo)

Clássicos :

Hesíodo: ; Aristóteles:311 ; Horácio: ; Plínio: ; Montaigne: 316 ; Ovídio: ; Plauto: 412 ; Plutarco: 415 ; Cícero: ; Tíbulo: ; Martial: ; Ovídio: ; Petrônio: 412 ; Virgílio: ; Aulo Gello: ; Voltaire: 394 ; Santo Agostinho: ; Sófocles: ; Sólon : ; Teócrito: ;Varrão : ; Homero ;Aristófanes: ;Ésquilo: 375; Santo Tomás de Aquino : 311, 332, 337; Justiniano : 311; Unamuno : 336

Historiadores e Cientistas Sociais :

Heródoto: ; Fustel de Coulanges: ; J. Capistrano de Abreu: ; Gustavo Barroso: 325, 351; Max Muller: 407, 425; Arnold Toynbee : 305; João de Barros : 309; Fernando Pio : 353, Menendez y Pelayo : 372; Celso Mariz : 406 (Ibiapina, um Apóstolo do Nordeste);

Botânicos : Barbosa Rodrigues:

Mário de Andrade : 371

Bíblia Cristã :

- Antigo Testamento : 329, 334, 338,342, 425, 438

- Novo Testamento: 309, 376,

Alcorão:

Documentação Histórica :

Filósofos : Oswald Spengler (305); Auguste Comte: 323 ; Pascal : 430;

Relatos de Viagem : Ermano Stradelli: 342; Nóbrega : 310, 318-319, 363; Anchieta:310, 318, 337, 363; Navarro : 310; Fernão Cardim : 321, 323, 334; Padre Antônio Vieira : 367, 396;

Revistas Especializadas e Periódicos :

A República (jornal de Natal): ; Revista de Dialectologia y Tradiciones Populares (Madrid) ; Revista Lusitana VII:

Informantes :

Antônio Portel (empregado de meu pai) : 369"minha ama de criação"Benvenuta de Araújo : 307, 441; Sinhá Xaninha : 307; Geracina ("antiga empregada de meus pais") : 307; Lourival Açucena (poeta) : 307, 364 ; Velha Geracina : 314; Velha Chica Cardosa (lavadeira) : 365; "minha avó paterna" : 316; "Minha avó Materna , Maria Ursulina da Câmara Fernandes Pimenta" : 363; Monsenhor Alfredo Pegado (Vigário geral de Natal) : 325; Padre Manuel Paulino (Caicó) : 325; Padre Pinto (de Augusto Severo) : 325; D. Jaime Câmara (Bispo de Mossoró) : 326; Estela Griz Ferreira (poetisa) : 329; Luísa Freire (Velha Bibi) : 334, 354, 423, 433 ; Manuel Rodrigues de Melo : 342; "meu pai" Francisco Cascudo : 344, 382 ; "Minha Filha" Ana Maria : 348, 386; Fernando Luis (filho) : 386 Antônio Alves (pescador) : 349, 351; João Tibau : 350; Paulo Martins da Silva : 350; Coronel Quincó (Joaquim Anselmo Pinheiro Filho ) : 351; Filadélfio Tomás Marinho (Mestre Filó) : 351; "minha mãe" Dona Ana Maria de Câmara Cascudo : 352, 373; "Meu primo"Bonifácio Fernandes : 352; Fabião das Queimadas (Fabião Hemenegildo Ferreira da Rocha) : 352; "Um dos estudantes nordestinos, médico na Bahia": 353; Doutor Afonso Barata (dep fed do Rio Grande do Norte) : 353; Lucas Sigaud (Fiscal federal no Ateneu) : 354; D.Joaquim Antônio de Almeida (Bispo de Natal) : 354 ; "meu tio Henrique Torres de Almeida": 354; "Meu tio materno, Antônio Nicácio Fernandes Pimenta": 370; Américo Giacomino (violeiro) : 355; Gastão Penalva (Comandante) : 355; Raul Elísio Daltro (Capitão de Corveta) : 355; Pedro Paulino Duarte da Silva (Cônego) : 355; Bartolomeu Fagundes (Professor) : 356; Padre Bianor Aranha : 356; Cesar Coelho (jornalista) : 359; Cônego Marcolino Dantas (Bispo de Natal) : 365; Padre José Severino : 366; Mestre Antônio Germano : 371; Gastão Penalva : 381; Sr. Benoliel: 384; Sra. Clotildes Caridade Gomes : 389; Professor Anes Dias : 398; Coronel José Bezerra de Andrade da Polícia Militar do RGN : 399; Tia Naninha (Ana Maria da Câmara Pimenta) "irmã de minha avó ": 406; Coronel Cipriano Bezerra Galvão Santa Rosa : 406; Padre José Fernandes Lima : 407; Francisco Ribeiro Dantas (escrivão federal em Natal) : 407; Coronel Filinto Elísio de Oliveira Azevedo : 408; Sinhá Buna: 414, Dr. Luis Antônio Ferreira Souto dos Santos Lima : 418;Juvenal Lamartine de Faria (dep. senador e gov do RGN) : 419, 439;Capitão Francisco José Fernandes Pimenta ("irmão de minha mãe) : 428; Francisco Idelfonso (Chico Preto) : 433;Filadelfo Tomás Marinho (Mestre Filó) : 434; Manuel Pedro Marto (Lavrador Português) : 436 "O velho Joca d'Olanda" (agricultor) : 439, Senhora Saraiva : 441 ; Maria de Belém Menezes : 346, 442; Antônio Rodrigues : 442

Compositores : Ary Barroso : 317; Noel Rosa : 317 ;

Pesquisadores de literatura oral na África :

Landerset Simões: ; Heli Chatelain: ; Callaway: José Redinha : 313; Oscar Ribas : 400 (Quilanduquilo);

Religiosos : Frei Antônio Rozado : 405;Frei Damião de Bozzano : 402;Frei Tomé de Jesus : 336; Frei Santa Maria Jaboatão : 340 ; Santa Tereza de Jesus : 430 ; Padre Cícero Batista : 402;Padre José Agostinho de Macedo : 427 ;Papa Gelásio : 338; Papa Gregório Magno: 310; Papa Clemente V : 332; Papa Leão XXIII: 336 ;Monsenhor Joaquim Honório : 324 ;Dom Diogo da Sylva (Bispo de Ceuta) : 330 (Monitorio do Inquisitor Geral) ;Dom Eugênio de Araújo Sales : 432;Cardeal Alfredo Idelfonso Schuster: 411 ; Cardeal Leme : 363

Dicionários e obras de Referência :

Dicionário da Real Academia Española : Nouvelle Larousse Illustré:

Outros :

Afonso Daudet : 375

Afonso Lopes de Bayam : 362

Afonso Lopes Ribeiro : 324

Alberto Faria: 361

Albert Houtin : 430

Alexandre Gonçalves Pinto : 439 (O Choro)

Amado Nervo : 340

Amadeu Amaral: 151 (Tradições Populares)

Antônio Fagundes : 355 (Vida e Apostolado de Dom Joaquim Antônio de Almeida)

Antônio Nobre : 399

Arthur Neiva : 432

Astolfo Sena (Serra ?): 346, 359

Aurélio M. Espinosa : 370, 390

Axel Munthe : 376

Beinhauer : 425

Belizário Pena: 432

Bouché-Leclercq : 407 (Histoire de la Divinition dans L'Antiquité)

Boucher de Perthes : 306

Büchthold-Staubli : 425

Carlos Alberto Azevedo : 402

Catulo da Paixão Cearense : 434

Charles Guinebert : 374 (Le Christianisme Médiéval et Moderne), 397

Código Canônico : 375

Cromwelle John Milton : 424

Dom João de São Joseph Queiroz : 340

Doutor Yervantian : 412 (La Clef de la Longivité)

Duarte da Costa : 319

Eduardo Galvão : 342

Eduardo Prado : 325

E. Shipley Duckett : 311(The Gateway to the Midle Age)

Emile Roy : 402 (L'An Mille)

Ernst Bozzano: 343 (Manifestations Metapsychiques et les Animaux)

Ester Panetta: 391 (Forme e Soggetti Della Letteratura Populare Libica)

Félix Sartiaux : 430

Fernão Lopes : 411

Flávio Ribeiro : 335 (Painéis do Purgatório)

François Lenormant : 368

Freud : 421

G.M. Trevelyan : 312

Geoffrey Gorer : 399 (Africa Dances)

George Peter Murdock: 399 (Our Primitive Contemporaries)

Georges d'Esparbés : 399 (La Grogne)

Gilbert Kein Chesterton : 424

Gonçalo Anes Bandarra : 401

Hartt : 306

Hernani Cidade : 403

Hoffman Krayer : 429

Huysmans : 414

J.K. Huysmans : 385, 430, 434

João Emanuel Pohl : 317

João Ribeiro: 361

John Ruskin : 331 (As Manhães em Florença)

Jorge Ferreira de Vasconcelos : 372

La Bruyère: 438 (Les Caracteres)

Lênin : 401

Leonardo Arroyo : 341 (Igrejas de São Paulo)

Leonardo Mota : 392 (Violeiros do Norte)

Louis Coulange: 427

Luis Soares : 331

Lutero : 428

Mário Ypiranga Monteiro : 346, 359

Meyer-Lübke : 425

Momigliano : 374

N. M. Penzer: 415

Olaf Deutschmann : 425

O. Marucchi: 424 (Guide del Cemiterio di Domitilla)

Osvaldo Lamartine: 346

Oswaldo de Souza : 340

Pedro Lagreca : 344

R. Menéndez Pidal: 384 (El Romanceiro)

Raymond Cantel : 402

Reinhold Kohler: 370

Rodrigues de Carvalho: 359 (Cancioneiro do Norte)

Salomão Reinach : 315

Santo Ofício : 421

Sebastián de Fernandez : 372

Southey : 318

Théo Brandão : 342

Theodoro Roosevelt : 340 (Throught the Brazil Wilderness)

Thomas Browne : 424

 

Fichamento :

Religião no Povo

Neste longo ensaio, Cascudo pretende fazer um estudo histórico sobre a religiosidade brasileira, partindo do princípio de uma predominância católica desenvolvida ao longo dos séculos de colonização portuguesa.

"...O português quinhentista foi base e cúpula dos fundamentos religiosos no Brasil..." (pág 310)

Esta predominância, para nosso autor, se faz de forma absoluta. Comprovada pelas inúmeras tradições populares espalhadas pelo Brasil.

"...Apesar das negativas, mais retóricas e demagógicas que realísticas, o português não está apenas no sangue e na voz mas constituindo uma permanente motora do mecanismo da mentalidade popular..." (pág 312)

Descreve uma toponímia geográfica para comprovar a influência católica lusitana em todos os acidentes geográficos brasileiros. Reduz radicalmente a influência negra ou indígena comparando a mesma colonização lusitana na índia , assim como a colonização da América espanhola.

"...O brasileiro do século XVI não tivera antecedentes que se confundissem aos preceitos católicos, como incas e astecas. Quando o hindu reunia as várias interpretações e ritos, o brasileiro apenas superpunha, através de gerações, as modificações doutrinárias que a Santa Sé Apostólica ia comunicando aos fiéis. A heterodoxia popular no Brasil é uma sobrevivência vertical..." (pág 324)

Com base neste argumento, parte em busca das origens católicas desde a Roma pagã até os padres e bispos que coordenavam as atividades religiosas contemporâneas da cidade de Natal .

Tomar Benção

Compara a benção matinal e noturna aos pais ou qualquer pessoa idosa respeitável à benção católica na absolvição dos pecados.

Santas Almas Benditas

Este ensaio é todo dedicado às almas, suas diferentes e assombrosas aparições, suas trajetórias até o juízo final, seus cultos e suas procissões, seu tempo de permanência na terra ou no purgatório e suas diferentes representações católicas.

Refeição aos Cachorros e outras Promessas

Trata-se do mesmo tema abordado no livro anterior com o título de "Promessas de jantar aos cachorros".

Minha Nossa Senhora

Discute a devoção à Virgem Maria difundida em todo Brasil pelos portugueses.

Com Deus me Deito, com Deus me Levanto

Apresenta um painel das diversas rezas e orações (Padre-Nosso, Ave-Maria, Salve-Rainha, Credo, etc) encontradas pelo interior do Brasil e suas peculiares benzeduras . Este ensaio contém a única citação deste livro referente á Mário de Andrade.

O Povo faz seu Santo

O povo de cada lugar sabe escolher seu padroeiro mesmo sem estar inteiramente de acordo com os parâmetros católicos.

Dormir na Igreja

Não se deve dormir durante os rituais religiosos.

O "Padre-nosso" da Velha Cosma

A forma peculiar e dispersa de D. Cosma rezar seu Padre-Nosso.

Orações que não devem ser interrompidas

As orações, assim como os rituais, não devem ser interrompidas.

Deus em 1960

Os resultados de uma pesquisa religiosa feita em 1960 pelos jovens de Natal.

O Morto é Juiz

Cascudo apresenta os inúmeros casos em que a vítima morta vem cobrar a justiça dos vivos.

Santos Tradicionais no Brasil

Cada Santo Católico tem sua função específica e ,principalmente, sua comunidade de devotos.

Horas Abertas

A relação entre as horas más de infortúnio e morte relacionadas às horas abertas.

Recado ao Morto

O hábito ancestral de se mandar notícias ao mundo do além pelos recém-falecidos.

Profecias

Relaciona a antiga fé e credulidade nas visões dos profetas antigos com a tradição oral. Valorizando, mais uma vez, a cultura popular como mantenedora deste espírito profético nos dias de hoje.

De pé no Chão

Os pés descalços simbolizando a humildade e a devoção. Este tema também foi abordado anteriormente em "Anúbis e outros ensaios" com o título de "Descalça-te ! A terra é sagrada" (pág 175).

A Oração Circular

A citação à velha Buna que rezava em círculos , também pode ser encontrada no livro "Superstições e Costumes"no ensaio "Andar de Roda", pág 233.

A Hora do Meio-dia

Descreve a hora fatídica do meio-dia para aumentaro valor das rezas ou pragas proferidas nesta hora.

Posição para Orar

Mais uma de suas repetições encontradas no livro "Superstições e Costumes" com o mesmo título , na página 295.

Com o Diabo no Corpo

Diferentes visões confrontando o pensamento científico com a ciência popular através da análise dos doentes mentais, que significam, para o povo, os endemoniados.

Rogar Pragas

Apresenta o nome enquanto potência mágica para justificar as pragas e maldições.

Da Teologia Popular

Trata-se de um interessante ensaio ao qual defende a cultura popular enquanto Ciência e Teologia. "...Há evidentemente, uma Ciência de Deus entre o Povo. Um critério uniforme na apreciação dos acontecimentos grupais e atitudes isoladas rege uma inflexível classificação sentenciosa, apoiada no consenso da comunidade..."(pág 427).

Esta Ciência estaria distanciada de outra tradicional apoiada na lógica e no raciocínio. "...Ao contrário da presunção teológica : teimosa, louvável e contraproducente, o raciocínio popular nega formalmente que a Razão esclareça os desígnos do Criador, como não é crível a criança compreender todas as determinações paternas..." (pág 427)

Nesta Teologia Popular o conhecimento é adquirido pelos sentidos e herdado através de uma tradição usufruída coletivamente nas ações cotidianas. Não há nenhum interesse em desvendar mistérios ou em compreender pela razão o que foi herdado num tempo anterior."...uma Teologia básica, desinteressada pelas especulações casuísticas e debates em círculo-fechado, rodando no mesmo perímetro metafísico. Todas as questões inexplicáveis são evitadas por pertencerem ao divino privilégio do Mistério. Não se sente humilhado pela ignorância porque lhe denuncia ter alcançado a fronteira imperscrutável da suprema Ciência, definitiva mas incognoscível. São assuntos de Deus e as crianças devem respeitar as reservas paternas..." (pág 429).

A Pedra na Cruz

Este conto reproduz o mesmo tema abordado na página 42 de "Anúbis e outros ensaios".

Castigo aos Santos

Este tema foi melhor desenvolvido em "Anúbis e outros Ensaios" com o título de "Ad Petendam Pluviam" , na página 48.

Aos Santos Inocentes

Neste interessante ensaio, Cascudo compara as origens da festa dos Santos Inocentes com a tradição popular de São Cosme e Damião e a Festa dos Loucos praticada na França do século XV.

Observações :

Este terceiro livro, apesar de mais recente que os outros dois, foi publicado pela primeira vez em 1974, não possui a mesma densidade alcançada por "Anúbis". No entanto, sua peculiaridade encontra-se na enormidade de interlocutores regionais que reforça uma vertente pessoal de seu autor num diálogo constante com o meio em que está inscrito. Há inúmeras citações da Velha Bibi, de Chico Preto, do Governador do Rio Grande do Norte e uma dezena de parentes que ocupam um espaço considerável e respeitoso em seus estudos.

O livro possui um intróito bastante elucidativo das intenções do autor em revelar um tipo de conhecimento popular parelo e complementar à um outro erudito.

Mesmo criticando uma certa elite intelectualizada que ignora e despreza o saber popular, Cascudo , em certos momentos, parece dirigir-se à ela, quando recorre à inúmeras citações extremamente eruditas, na maioria das vezes, sem o cuidado de identificá-las , utilizando-se de uma linguagem extremamente rebuscada e incompreensível para o leitor leigo, como demonstra em seu Intróito :

"...quando a Psicologia Coletiva for matéria básica na sistemática sociológica sem a protofonia da Improvisação e arabescos da dedução ilocável e fantasista..." (Intróito, pág 308).

Inexplicavelmente , este livro também possui diversos ensaios que já tinham sido melhor desenvolvidos em "Anúbis".

Tese Central :

Tem a intenção de apresentar uma Ciência popular paralela e complementar à Ciência Erudita:

"...Assim, paralela à Ciência oficial resiste uma GayaScienza anônima e penetrante . Águas das mesmas fontes, correndo diversas pela diferenciação dos níveis nos terrenos atravessados. O cliente permanece fiel a ambas as crenças, fazendo-as convergir para a unidade do interesse individual..." (Intróito , pág 308)

Faz questão de reforçar o caráter científico de sua pesquisa , desvinculando qualquer idéia pejorativa de inferioridade ou de improviso:

"...Esse depoimento resulta de quarenta anos de pesquisa discreta e contínua...Não exponho superstições, bruxarias, amuleto, magia. A fé no plano teratológico , a Esperança sádica ou masoquista, os plágios do Exotismo imaginário, anomalismo de invenção pessoal, não tiveram passe-livre nessa exposiçcão clara e simples do antigo quotidiano reverente a Deus..." (Intróito, pág 305)

Critica o saber das elites intelectuais que desprezam ou ignoram o conhecimento popular:

"... Os preceitos pragmáticos das minhas Almas do Outro Mundo incidem contrariamente às lições de Mestres europeus, acatados nesses contactos, ingleses, alemães, franceses, italianos, escrevendo outrora em latim e dando intinerário ao Sobrenatural. Todos esses sábios das Ciências Ocultas jamais conviveram com pessoal e longamente com o Povo que as ignorava...Relativamente às almas e crenças populares, esse acervo de patranhas intelectuais é justamente o que constitui a Ciência para os letrados, do terceiro andar para cima, bem longe do solo das verificações vulgares e reais..." (Intróito, pág 307)

Ressalta o caráter imutável da natureza humana:

"...A natureza específica dos terrenos não se modifica. Pelo lado de dentro, o Homem não muda. As alucinantes funções do século XX, o Século Ofegante, não determinam novos orgãos de adaptação funcional. Verão que a Astronáutica não alterará a fisiologia dos seus pilotos. Um deles já conduziu no bolso uma figa da Bahia, legitíssima..."(Intróito, pág 305)

Utiliza-se, mais uma vez, do exemplo biológico imutável do Celacanto:

"...É a lição biológica. O celacanto, um crossopterígio que nada no canal de Moçambique , vive há trinta mil séculos, imutavelmente fiel à ecologia devoniana..." (Intróito, pág 306)

Destaca seu privilégio pessoal por viver em meio à este conhecimento:

"...Não é fácil conquistar confiança à gente do Povo sem a prévia criação de um clima de crédito pessoal. Ocorre semelhantemente nos fundamentos de qualquer população no Mundo. Não deixam de responder, mas a resposta é uma instintiva e hábil defesa ao que não lhes convinha divulgar..."(Intróito, pág 306)

Valoriza o longo período de convivência junto à esta sabedoria popular para construir as bases de seu método de pesquisa:

"...Para obter quanto essa indagação recolheu, em espírito e verdade, vivi a curiosidade na convivência e não a convivência na curiosidade..." (Intróito, pág 308)

 



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